segunda-feira, 13 de julho de 2009

Som nosso de cada dia



Imagine você viver só, num lugar só seu, sem ninguém por perto, apenas você e seus sons, aqueles que só você gosta de ouvir: o cantar de pássaros, a música, o mar, o riacho, uma fonte, qualquer um, porém ele é só seu, por direito apenas seu, pois só você gosta de ouvir e mais ninguém. O problema é quando você quer compartilhar esse som com quem NÃO quer ouvir. E não quer ouvir mesmo. Acha que recluso em seu lar, num tão esperado sábado nublado, esta livre de ser obrigado a algo que jura estar protegido por sua própria preferência e pelas paredes de sua casa.
Desde a adoração ao Senhor pela voz do rei, a melancolia de Miltom Nascimento e a gritaria de Rouge, você é obrigado a ouvir, sem dó ou piedade a música que outro adora, ou simplesmente idolatra ouvindo-as das 7: 30 às 13:45 repetidas vezes. É praticamente o limite da existência humana ou da vulnerabilidade de seus ouvidos.
Para tanto lhes dou uma oração:
Meu Deus, proteja nossos ouvidos, suaviza os impulsos de adoração, retarda as neuroses musicais e nos deixe com nossas preferências, essas que ouvimos na individualidade de nossa vontade ao volume adequado de quem vive coletivamente.

Assim Seja

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